São Carlos vai às rua pedir Fora Bolsonaro

São Carlos vai às rua pedir Fora Bolsonaro

03/10/2021 Off Por Editorial Tribuna São Carlense

População de São Carlos se somou à mobilização nacional pelo fim do Governo Bolsonaro. Foram registrados atos em mais de 300 cidades.

No último sábado (02), a população sãocarlense participou dos atos nacionais pelo fim do governo Bolsonaro e Mourão. Com forte presença de partidos, movimentos sociais, representantes sindicais e estudantis, os manifestantes se concentraram pela manhã na praça do Mercado Municipal e percorreram um trajeto no centro da cidade. 

Foram entoadas canções de protesto contra os altos preços de alimentos básicos e do combustível, em defesa das empresas estatais e pedindo o fim da política econômica liberal, comandada pelo ministro Paulo Guedes. Os manifestantes usaram máscaras de proteção contra a Covid-19 e mantiveram distanciamento. 

As mobilizações em São Carlos se somaram às de mais de 300 cidades que tiveram atos de rua contra o bolsonarismo. Desde o primeiro ato, realizado no dia 29/05, essa foi a sexta marcha unificada do Fora Bolsonaro, todas contando com amplo apoio popular. 

Foto: Pedro Pastel

Carestia foi tema central

No microfone, militantes relembraram que os altos custos da gasolina no país se devem à política da Petrobrás, instituída ainda no governo Temer, de regular os preços de acordo com o mercado internacional. Apesar de os custos de produção no Brasil serem mais baixos, a política de preços é mantida para garantir lucros e dividendos bilionários aos acionistas da empresa. 

Também foi ressaltado que, ao passo em que mais de 116 milhões de pessoas no Brasil estão com dificuldade de obter alimentos básicos, segundo pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PenSSAN), o agronegócio brasileiro tem lucros recordes com a venda de alimentos para o exterior.

Próximos atos

Segundo os organizadores, a campanha Fora Bolsonaro continuará, e já há um ato convocado para o feriado de 15 de novembro. A expectativa é que o crescimento do movimento de rua não só pressione o parlamento a pautar o impeachment de Jair Bolsonaro, pondo fim ao governo que tem sido responsabilizado pelas mortes de 600 mil brasileiros, como também impeça a continuidade da política de privatização defendida pelo governo, que tem como foco atual a venda dos Correios e da Eletrobrás.