São Carlos vai às ruas para ato do Grito dos Excluídos

São Carlos vai às ruas para ato do Grito dos Excluídos

15/09/2022 Off Por Colaborador/a

O último sábado, dia 10 de setembro, foi marcado por uma manifestação em São Carlos contra o governo Bolsonaro e todas as suas políticas de precarização das condições de vida da classe trabalhadora brasileira, além da defesa das liberdades democráticas. Forças como PCB, PSTU (com a presença da candidata à presidente Vera Lúcia), UP, e PSOL somaram na construção do ato, que partiu do Mercadão da cidade às 10h rumo à Praça dos Pombos, com o intuito de mobilizar a população são-carlense para o enfrentamento à situação de fome, desemprego e miséria gerados pela burguesia no Brasil.

A manifestação compôs o calendário de reflexão e construção coletiva do Grito dos Excluídos. Nascido em 1995, o movimento contesta a narrativa hegemônica de Independência do Brasil, mostrando que a história do país é marcada por constantes tensões raciais e de gênero, de apagamento do protagonismo feminino, negro e indígena na formação da sociedade brasileira. O ato nacional do Grito dos Excluídos aconteceu no dia 7 de setembro em várias capitais do Brasil, dentre elas São Paulo e Rio de Janeiro, e no dia 10 em outras regiões.

Ronaldo Mota, membro da corrente Resistência do PSOL, ressaltou a importância dos atos: “(…) hoje dia 10 e o próprio dia 7, com o grito dos excluídos, é um grito de defesa da democracia, ou seja, de defesa de que nós temos que manter, mesmo considerando que essa democracia dita democracia burguesa, não é a democracia que nós os oprimidos, os pobres, os negros, mulheres, lgbtqia+ possam dizer que nos dá salva guarda, mas é a melhor forma ainda hoje para que a gente possa exigir direitos e combater a exclusão que os bolsonaristas de uma certa maneira fizeram perpetuar e aprofundaram nos ultimos 4 anos”

Para Waldemir Soares, dirigente do PSTU, “o saldo político é positivo, porque só dos movimentos estarem nas ruas fazendo as suas manifestações, expondo as suas ideias, primeiro ponto, existe um fortalecimento da democracia, e um segundo que existe uma motivação política contra o governo atual, independente da quantidade de pessoas mas os movimentos precisam estar sempre nas ruas manifestando seu posicionamento”.