São Carlos tem primeiro caso confirmado de COVID-19: veja o que fazer para se cuidar

São Carlos tem primeiro caso confirmado de COVID-19: veja o que fazer para se cuidar

19/03/2020 Off Por Equipe Tribuna

Na última quarta, 18, a Prefeitura de São Carlos anunciou a confirmação do primeiro caso de COVID-19, a doença causada pelo novo coronavírus, na cidade. A pessoa infectada é um homem de 35 anos, que encontra-se em isolamento domiciliar. Até a publicação desta matéria, além do caso confirmado, São Carlos contava com 25 notificações de casos suspeitos e 4 descartados.

Um decreto publicado na terça-feira, 17, suspende por 15 dias, começando no dia 23, segunda-feira, as atividades educacionais de escolas municipais, visitação no Parque Ecológico, atendimento ao público junto aos museus, eventos que exijam licença do Poder Público, dentre outros serviços relacionados a administração da Prefeitura. O decreto também dispensa servidores públicos com mais de 60 anos de suas atividades.

O que é o coronavírus?

“Coronavírus” é o nome usado para uma grande família de vírus, já conhecidos desde os anos 60, que podem causar doenças em animais ou humanos. Dos anos 2000 até o fim do ano passado, o mundo teve surto de duas doenças causadas por coronavírus, a SARS e a MERS, siglas do inglês para síndrome respiratório aguda grave e síndrome respiratória do Oriente Médio. A doença que se espalha pelo mundo todo hoje recebe o nome de COVID-19, que significa doença do coronavírus 2019, uma vez que a nova doença e o novo vírus foram descobertos em dezembro de 2019. Em 2020, COVID-19 atingiu o patamar de pandemia, ou seja, passou a se espalhar por vários países em ritmo muito acelerado e com grande contaminação.

Que cuidados tomar?

O maior problema do COVID-19 é sua rápida disseminação. Especialistas recomendam que neste momento inicial de chegada do vírus as pessoas evitem frequentar espaços com grande aglomeração de pessoas e que não fiquem muito perto umas das outras. Um metro e meio de distância, em média, é o suficiente para evitar o contato com o principal transmissor: fluído corporais. Para isso medidas que permitam que as pessoas façam essa reclusão em suas casas devem ser tomadas, como a paralisação de aulas, liberação para que se trabalhe de casa, turnos e rodízios para evitar aglomerações, etc.

Higiene básica é a principal recomendação, em especial manter as mãos limpas. Uma lavagem adequada das mãos deve durar 20 segundos, esfregando bem a palma, o dorso e a ponta dos dedos. Na falta de água e sabão, o álcool em gel é um bom substituto. Jamais levar a mão ao rosto sem antes lavá-las ou usar o álcool em gel! Pessoas que não podem ficar em casa, como grande parte dos trabalhadores informais, que precisam sair diariamente para garantir seu sustento e de sua família, devem tomar ainda mais cuidados, pois estão mais expostos.

É muito importante a colaboração e atenção de todos, que pensem no coletivo, para que a disseminação seja mais lenta e, ao surgirem casos que apresentem sintomas mais sérios, os serviços públicos de saúde possam receber adequadamente a população necessitada. O pânico é algo que devemos evitar, assim como, o descuido e não levar a situação com a seriedade necessária. Deve-se redobrar atenção e cuidados com as pessoas no grupo de risco: asmáticos, pessoas com doenças do coração, fumantes, diabéticos e principalmente idosos. Crianças tendem a apresentar sintomas mais leves, podendo se tornar vetores da doença sem saber. Então, durante este período, não se deve deixá-las aos cuidados de pessoas idosas. 

Se precisou sair, ao chegar em casa não cumprimente ou abrace imediatamente pessoas, espere até que você possa lavar as mãos e os braços e também o rosto. É importante não circular em casa com roupas que foram utilizadas na rua. Procure fontes de informação confiáveis como universidades ou órgãos do Ministério da Saúde. Nesta notícia o professor do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Oscar Bruña-Romero passa orientações importantes sobre como se proteger durante este período.

Caso alguém apresente algum sintoma parecido com o de resfriado comum, mas não tenha a presença de falta de ar muito forte deve-se repousar e tratar como um resfriado comum, mas também é importante fazer um isolamento da pessoa dentro de casa não compartilhando utensílios ou tendo contato corporal com ela ou ficando muito tempo no mesmo espaço. Se houver falta de ar mesmo que fora do quadro de resfriado procure o serviço público de saúde por telefone para ser devidamente orientado.


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