Movimento estudantil tem vitória após paralisação do dia 11

Movimento estudantil tem vitória após paralisação do dia 11

27/10/2023 Off Por Editorial Tribuna São Carlense

Após pressão do movimento estudantil na USP de São Carlos, prefeitura do campus comprometeu-se a atender reivindicações da paralisação após reunião com o centro acadêmico no último dia 17.

A assembleia realizada pelo Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira (CAASO) na USP de São Carlos, no último dia 10 de outubro, deliberou paralisação estudantil no dia seguinte (11/10). Entre as reivindicações estavam a contratação de professores, expansão do acesso ao restaurante universitário, mais ônibus entre as Áreas 1 e 2 (popularmente conhecidas como Campus 1 e Campus 2), reforma do alojamento estudantil, reforma de espaços do Centro de Educação Física, Esportes e Recreação (CEFER) e garantia de funcionamento da creche com contratação de mais funcionários.

A paralisação do dia 11/10 contou com piquetes em todos os institutos e blocos de salas. As lideranças do movimento estudantil elaboraram uma carta de reivindicações a partir da assembleia. Essa carta serviu de pauta em uma reunião com o prefeito do Campus no dia 17/10. Nela, a prefeitura assumiu os seguintes compromissos: acesso universal ao café da manhã no restaurante universitário, jantar no restaurante universitário do Campus 2, garantia de que nenhuma vaga da creche do campus (que atende funcionários, docentes e estudantes da USP) será perdida, e pedido de verba para a reitoria para reforma do alojamento estudantil e do CEFER. Também houve o indicativo de reuniões entre a Gestão do Aloja e a Prefeitura. As futuras reuniões podem servir para acompanhamento das demandas e revisão dos horários de ônibus em conjunto com secretarias acadêmicas.

Ainda no dia 17, após a reunião, houve uma nova assembleia do CAASO que aprovou a assinatura de uma carta de compromisso com a prefeitura. Nela, a gestão do campus compromete-se a executar as promessas feitas em reunião. Esse documento serve para que a entidade possa cobrar formalmente a prefeitura e realizar novas mobilizações caso haja atraso ou quebra de algum compromisso.

Muitas das conquistas obtidas já eram pautas constantes do movimento estudantil há anos. Entretanto as reivindicações ocorriam apenas em espaços formais, como o Conselho Gestor do Campus e reuniões entre Prefeitura do Campus e entidades representativas. Esses avanços então só tornaram-se possíveis com um movimento massificado disposto a usar ações diretas para negociar com a burocracia universitária. Até a realização das exigências, principalmente da reforma do alojamento, o CAASO deve manter-se disposto a novas paralisações caso a prefeitura não atenda as demandas.