Mobilização pela educação movimenta a cidade e demarca a posição do povo
03/10/2019Houve hoje (03/10), segundo dia de Greve Geral da Educação no país, um ato de rua que mostrou a posição do povo sãocarlense, contra os cortes de investimento na educação e contra o “Future-se”.
O ato teve uma concentração que saiu do CAASO (USP) em direção a rodoviária, na sequência o bloco caminhou pela Av. São Carlos em direção a UFSCar. Ao entrar na universidade, as entidades representativas das categorias da UFSCar (DCE Livre – UFSCar, APG – UFSCar, SINTUFSCar e ADUFSCar) protocolaram na Reitoria um documento exigindo uma assembleia comunitária e um Conselho Universitário (ConsUni) aberto para discutir o projeto do governo federal, “Future-se”. O ato terminou na frente da Biblioteca Comunitária (BCo) com uma atividade para entender melhor sobre o projeto. O calendário da greve coincidiu com o evento da Universidade Aberta, aonde secundarista estavam visitando o campus e conhecendo mais sobre cada curso.
A posição do povo sãocarlense é muito clara, os gritos de ordem entoavam palavras contra o governo Bolsonaro, mas principalmente contra o corte de investimento na educação, o corte de bolsas de pesquisa e contra o “Future-se”. O projeto, que apesar da Reitora da UFSCar ser a favor, vem encontrando dificuldade de aceitação por todo o país e teve uma nova versão divulgada nos últimos dias. Para tentar impor ainda mais esse projeto o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, decretou a criação de diretrizes e comissões de inserção dentro das universidades federais e institutos federais.
Nas suas falas durante a manifestação, os estudantes e trabalhadores da cidade demonstraram a força das mobilizações populares e pontuaram que não irão parar as manifestações até que os cortes e o “Future-se” fossem revogados, e até a saída de Bolsonaro do poder.