A violenta política de segurança da UFSCar

A Prefeitura do Campus São Carlos da UFSCar, em conjunto com a Reitoria, tem adotado uma política de segurança cada vez mais truculenta e pautada no fechamento das portas da universidade para a comunidade local. Exemplo claro disso é o plano de construção de uma base da Polícia Militar dentro do campus, que já vem atuando ali com a agressividade que lhe é característica. Soma-se a isso o vídeo publicado pelo Tribuna São Carlense no dia 7 de novembro, que mostra a Guarda Universitária expulsando com violência dois artesãos da universidade. Devido a essa publicação, o jornal recebeu mensagens agressivas, de um número que supostamente pertence ao prefeito do Campus, com acusações de que teríamos causado a demissão do guarda que aparece na filmagem.

Frente a isso, é importante esclarecer que a posição do Tribuna São Carlense é contrária a ideia equivocada de que o trabalhador da Guarda Universitária é inteiramente responsável pela ação divulgada. É possível ainda que os órgãos de administração da UFSCar levantem esse ponto, numa tentativa de se eximir de culpa – não seria a primeira vez que isso ocorre, basta lembrar de como funcionários terceirizados foram tratados quando começaram a se organizar e sofreram demissões. Como, porém, atribuir ao guarda individualmente a responsabilidade pela ação que segue exatamente o procedimento requerido pela administração da universidade?

É preciso reconhecer que o episódio aqui tratado é decorrente das políticas autoritárias que hoje tomam conta da Universidade Federal de São Carlos, e não fruto da maldade do guarda, que recebe ordens de instâncias superiores. Críticas devem ser feitas a essas altas instâncias e quem as administra, em especial a Prefeitura do Campus e a Reitoria, gerenciadas respectivamente por Sérgio Nunes e Wanda Hoffmann.

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