A psicopatia de Jair Bolsonaro
09/01/2021Por Emerson Leal
Qual é a realidade do governo Bolsonaro? Simples: a de um governo dirigido por um cidadão que não tem o mínimo respeito pela vida do próximo e que não perde a oportunidade de defender a ditadura cívico-militar que jogou o País no obscurantismo por 21 longos anos; que faz a apologia da tortura e de torturadores e que agride de forma primária a todos os seus adversários políticos. São milhares de vidas perdidas para a Covid-19 e ele não demonstra o menor desejo – enquanto dirigente máximo do País – de comandar o combate à pandemia. Pelo contrário, diz que não está “nem aí” para os milhões de infectados, nem para as mais de 200 mil mortes que estão na sua conta.
- Certamente, para fugir da cobrança que a sociedade tem o direito de fazer – inclusive sobre o festival de corrupção consubstanciado pelas “rachadinhas” escandalosas em volta de toda a sua família –, inventa factoides e mentiras como a que ocorreu logo depois do Natal ao reunir um pequeno grupo de seus apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada. Desta feita, escolheu a ex-presidenta Dilma Rousseff para “Cristo”: disse, escancarando sua psicopatia, que não acredita que ela tenha sido torturada por Brilhante Ustra e seus verdugos.
- Bolsonaro proclamou, às gargalhadas: “Dizem que a Dilma foi torturada e fraturaram a mandíbula dela. Traz o raio-X para a gente ver o calo ósseo. Olha que eu não sou médico, mas até hoje estou aguardando o raio X”. Ou seja, numa atitude negacionista das mais infames, ele questiona o que a história já demonstrou através de depoimentos, livros e reportagens. E não ficou só nisso: foi lá no fundo do baú para tirar a narrativa diversionista criada pelos partidos da direita sórdida sobre o assassinato de Celso Daniel (que seria o candidato do PT para substituir Lula após o seu segundo mandato). Por pura desonestidade política, Bolsonaro finge desconhecer as conclusões sobre o inquérito policial relativo ao episódio. A mentira de Bolsonaro: “O PT não quis investigar”!
- Ricardo Kotscho foi ao cerne da questão: “Bolsonaro pede raio-X de Dilma; que tal um raio-X do governo dele”? O seu rosário de fracassos e de incompetências é imenso. Qual é, por exemplo, o seu desempenho (a) no combate à pandemia? ZERO! (b) e relativamente às queimadas em toda a Amazônia Legal? ZERO! (c) E à violência policial estimulada pelo governo? ZERO! (d) e às “rachadinhas” de sua família, à destruição da soberania nacional, e ao fato de que o Brasil vem sendo ridicularizado no mundo todo? ZERO! (e) e ao aparelhamento das instituições e ao desemprego crescente, que já atingiu mais de 14 milhões de brasileiros ZERO! (f) e à volta da inflação e ao caos na economia, que está surgindo no horizonte? ZERO! Etc…
- Dilma não deixou por menos e deu o troco: “Jair Bolsonaro promoveu mais uma de suas conhecidas sessões de infâmia e torpeza, falando a um pequeno grupo de apoiadores (…). Ele insulta não apenas a mim, mas a milhares de vítimas da ditadura militar, torturadas e mortas, assim como a seus parentes (…). Um sociopata como Bolsonaro, que não se sensibiliza diante da dor de outros seres humanos, não merece a confiança do povo brasileiro”.
Emerson Leal foi vereador e vice prefeito de São Carlos nas administrações de Newton Lima e Oswaldo Barba. É colunista colaborador do Tribuna São Carlense.
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